Lidar com a disfunção sexual de um parceiro pode ser um desafio, sobretudo porque não existe uma fórmula mágica. Ainda assim, há algumas estratégias que certamente irão ajudar a enfrentar estas situações desconfortáveis.
Primeiro, o mais importante: não culpabilizar a outra pessoa e não lhe colocar pressão para que corra melhor de uma próxima vez.
Depois, mudar o foco! O aparecimento de um problema não tem que significar o fim de uma relação sexual. Caso haja vontade, deverão explorar outras atividades sexuais. E lembrem-se: nem todo o sexo tem que ter penetração! Encontrem outras formas de terem prazer e de se satisfazerem um ao outro, para que consigam diminuir a ansiedade de performance.
Não fique a achar que este problema está a acontecer por sua causa. Ou seja, o facto de a outra pessoa ter dificuldade em ter ou manter uma ereção não tem nada a ver com o que sente por si.
No caso de estas situações acontecerem de forma recorrente e por um período de vários meses, converse com o parceiro e disponibilize-se para ir com ele a uma consulta com um profissional de saúde.
Não deixe que os problemas ou dificuldades sexuais se tornem um elefante na sala e, oportunamente, tente ter uma conversa sobre este assunto. É importante que respeite os sentimentos da outra pessoa, por isso não desvalorize a situação. Por isso, mostre empatia e vontade em perceber se se passa alguma coisa que possa estar a contribuir para o problema sexual. Depois, disponibilize-se para ajudar e enfrentarem esta situação em conjunto. Mas também é muito importante que respeite no caso de a outra pessoa querer resolver as suas questões sozinha e a seu tempo.
Relembro que um problema sexual que ocorre persistentemente por um período superior a 6 meses e que cause angústia ou sofrimento pessoal deve ser avaliado. Por isso, não ignore esta área da sua vida.
(texto publicado na Notícias Magazine)